Temas econômicos devem pautar os debates deste ano e os grandes erros do PT nessa área serão munição certa para os adversários
Por Da Redação
Blog. Francisco Figueiredo
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A economia deve ocupar o centro das atenções do eleitor neste ano, segundo pesquisas de opinião e especialistas.
A economia deve ocupar o centro das atenções do eleitor neste ano, segundo pesquisas de opinião e especialistas.
Nesse quesito, o líder em todas os levantamentos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, certamente terá que explicar alguns pontos que podem causar grandes embaraços para o PT. O baixo crescimento do país na era Dilma Rousseff e o legado de desemprego e inflação deixado pela gestão da petista serão, fatalmente, fatos que os adversários não deixarão o eleitor esquecer. (Isso sem falar na questão da corrupção, que sempre terá um espaço no debate público, embora as pesquisas indiquem que será menor em 2022.)
Quando Dilma deixou o Palácio do Planalto, em 2016, havia mais de 11 milhões de desempregados no país, segundo dados da época da Pnad Contínua, do IBGE. O tema deve ganhar força na campanha deste ano porque o Brasil continua mal, com 13,5 milhões de desempregados, também segundo o IBGE (dado do terceiro trimestre de 2021).
A inflação – outro fantasma que assola os brasileiros hoje – foi de 10,67%, pelo IPCA, no último ano inteiro em que Dilma governou, 2015.
No ano passado, a inflação também bateu dois dígitos, chegou a 10,06%, pelo mesmo índice. O assunto invariavelmente estará nas campanhas presidenciais.
A economia brasileira vive, desde 2011, ano do início do governo Dilma, períodos de recessão, estagnação e baixo crescimento, abaixo da média global.
No período Dilma-Michel Temer (2011-2018), o PIB do Brasil cresceu, por ano, 2,9 pontos abaixo do nível mundial. Esse foi o pior desempenho desde 1987, período analisado pelos pesquisadores.
Somam-se a esses temas de macroeconomia alguns outros que são vistos como erros do PT, principalmente na condução do BNDES, um dos principais bancos de fomento do país. Cuba e Venezuela, beneficiadas com cerca de 11 bilhões de reais (2,1 bilhões de dólares) em financiamentos para obras de infraestrutura executadas por empreiteiras brasileiras durante os governos Lula e Dilma, têm aplicado sucessivos calotes nos pagamentos.
As dívidas a vencer das duas ditaduras somam 3,3 bilhões de reais (626 milhões de dólares, pela cotação atual da moeda americana).
FONTE: VEJA
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