O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta sexta-feira que há um "agravamento" do conflito no leste da Ucrânia, onde o exército do país vizinho combate desde 2014 milícias separatistas pró-russas, que são apoiadas por Moscou.
Desde 2014, há conflito em províncias ucranianas separatistas apoiadas pela RússiaImagem: Thibault Camus/Pool/AFP |
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta sexta-feira que há um "agravamento" do conflito no leste da Ucrânia, onde o exército do país vizinho combate desde 2014 milícias separatistas pró-russas, que são apoiadas por Moscou.
"Lamentavelmente, agora observamos um agravamento da situação no Donbass", afirmou o chefe de governo, em entrevista coletiva concedida em conjunto com o presidente de Belarus, Alexandr Lukashenko.
Segundo Putin, "o cumprimento dos Acordos de Minsk são a garantia para o reestabelecimento da paz na Ucrânia e para colocar fim às tensões em torno deste país".
"Tudo o que Kiev tem que fazer é sentar na mesa de conversações com os representantes do Donbass e entrar em acordo com as medidas políticas, militares, econômicas e humanitárias para encerrar o conflito", disse o chefe de Estado russo.
"Quando antes isso acontecer, melhor", completou Putin".
O presidente da Rússia constatou que o processo de solução do conflito ucraniano "continua travado", inclusive, apesar dos esforços no marco do chamado Formato da Normandia, integrado pelos dois países e também por França e Alemanha.
Putin, além disso, garantiu que Kiev "sabota, em sua essência, o cumprimentot dos acordos de mudanças da Constituição (ucraniana) sobre o status especial do Donbass, as eleições locais e a anistia dos participantes do conflito.
"Em geral, na Ucrânia, são violados sistematicamente os direitos humanos, no nível legislativo é feita a discriminação da população russo falante", garantiu o presidente.
Lukashenko, por sua vez, alertou que, pela primeira vez em décadas, a região é "à beira de um conflito real", que considerou ser responsabilidade do Ocidente.
"Como vocês podem ver, isso já não depende, inclusive, de nossos vizinhos, incluindo a Ucrânia.
Para vocês, é evidente de quem depende a escalada das tensões junto a nossas fronteiras", disse o presidente bielorrusso.
Lukashenko acusou "uma série de políticos ocidentais" de irresponsabilidade e falta de inteligência que "escapam à lógica" e por terem "um desejo de caminhar na beira do precipício".
As forças ucranianas e os separatistas pró-russos se acusaram pelas violações do pacto de cessar-fogo no leste da Ucrânia, com o uso de armas proibidas pelos acordos de Minsk.
Autoridades da autoproclamada república de Donetsk anunciaram hoje a evacuação de parte da população local para a Rússia, diante do risco do reinício dos combates nesta região.
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