Delegado trabalha com duas linhas de investigação: suspeita de envenenamento ou situação de vulnerabilidade social que a criança vivia. Laudo do IML deve constatar causa da morte.
Por Danielle Oliveira, g1 Goiás
Maria Carvalho dos Santos, mãe de Carlos, junto com o outro filho, Davi, de 1 ano, em Planaltina de Goiás — Foto: Arquivo pessoal/Maria Carvalho dos Santos |
A mãe do menino Carlos Abrão, de 6 anos, que morreu após passar mal em Planaltina de Goiás, no Entorno do Distrito Federal, contou ao g1 que um teste rápido feito no hospital apontou que o filho estava com Covid-19 e dengue. Uma das suspeitas apuradas pela Polícia Civil é que a morte tenha sido causada por envenenamento, no entanto, a PC aguarda um laudo do Instituto Médico Legal (IML) para saber a causa da morte.
Além de Carlos, o irmão dele e quatro primos, que têm entre 1 e 13 anos, que passaram o fim de semana juntos, também foram internados. O delegado Thiago Cesar disse que, além da possibilidade de envenenamento, a polícia trabalha com outra linha de investigação: a situação de vulnerabilidade social que a criança vivia com a família. A pensionista Maria Carvalho dos Santos, de 23 anos, mãe de Carlos, disse que as crianças já receberam alta e que foram levadas, nesta sexta-feira (10), para um abrigo pelo Conselho Tutelar. A mãe reclama da atitude do conselho, que levou os meninos mesmo antes de ter saído o laudo conclusivo sobre a morte.
“Meu outro filho ainda estava internado aqui no hospital e tomaram ele dos meus braços. Não falaram nem para onde iam levar meu filho. Falaram que é até sair o exame, mas o exame que saiu do hospital fala que ele teve Covid e dengue”, disse.
O g1 ligou para um telefone do Conselho Tutelar de Planaltina de Goiás, às 14h30 desta sexta-feira, para saber mais informações sobre a situação das crianças, mas as chamadas não foram atendidas.
Nos resultados dos exames feitos no hospital, obtidos pelo g1, é possível ver que Calos fez dois testes para detecção da Covid-19: o primeiro deu negativo e o segundo positivo. A mãe afirma que, quando ele chegou à unidade, o exame apontou que ele não estava com a doença.
“Eles falaram que ele estava dengue e, depois, que estava com Covid. Eu acho que ele deve ter pegado a Covid no hospital, porque o primeiro exame deu negativo e só depois que ele morreu que o exame deu positivo”, contou a mãe.
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