Em reunião no Ministério da Justiça nesta segunda (10), representantes da rede social disseram que fotos de envolvidos em massacres não fere política da empresa.
Por Karla Gamba.
— Foto: JOSH EDELSON / AFP |
O Ministério Público Federal (MPF) de São Paulo solicitou, nesta terça-feira (11), que o Twitter Brasil preste informações sobre as providências que estão sendo adotadas, em caráter emergencial, para a moderação de conteúdos sobre incitação de violência e a notícias de possíveis ataques em escolas.
A solicitação foi feita no âmbito de um inquérito civil público, instaurado desde 2021, que investiga a conduta das principais redes sociais e aplicativos de mensagens no Brasil no enfrentamento de fake news e violência digital.
“Tal cobrança de informações é, no caso, devida para aferir a eventual responsabilidade, da plataforma, por violações de direitos fundamentais que possam decorrer de uma constatação de deficiência de sua política de enfrentamento da desinformação socialmente danosa e da violência no mundo digital”, afirmou o órgão em ofício enviado ao Twitter.
No ofício, assinado pelo procurador regional dos Direitos do Cidadão adjunto em São Paulo, Yuri Corrêa, o MPF requisita à plataforma a relação de todos os perfis/conteúdos apontados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) como propagadores de informações que incitem à violência e quais deles foram objeto de moderação, pela plataforma, em qual data e de que modo.
O procurador pede ainda que o Twitter preste informações sobre as providências adotadas em relação ao conteúdo relacionado às ameaças de ataques às escolas.
Em reunião na sede do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) em Brasília, nesta segunda (10), representantes do Twitter defenderam a manutenção de fotos de envolvidos em massacres em escolas e afirmaram que o conteúdo não feria a política da plataforma. As afirmações incomodaram membros do governo federal e representantes de outras redes que estavam presentes.
Fonte: O TEMPO.
Tags
ÚLTIMAS NOTÍCIAS