LÍBIA CLAMA POR SOCORRO
Vamos colocar esse povo sofrido em nossas orações.
Lentamente, a ajuda internacional começa a alcançar Derna, na Líbia, ao mesmo tempo em que crescem as perguntas sobre como a cidade pôde ser devastada pela tempestade Daniel, no fim de semana. São 10 mil desaparecidos. O número de mortos foi estimado na quarta-feira, 13, em 20 mil pelo diretor do centro médico Al-Bayda, Abdul Rahim Maziq.
No entanto, Moin Kikhia, ex-funcionário público do Ministério das Finanças da Líbia, disse que o autoproclamado governo que controla o leste do país teme que o verdadeiro número de vítimas possa rondar as dezenas de milhares. "O número de mortes é muito maior do que se pensava. O governo acredita que sejam 40 mil, mas ninguém quer dizê-lo por medo de irritar as pessoas", disse Kikhia, fundador do Instituto Democrático Líbio, ao jornal britânico Telegraph.
A Organização Internacional para as Migrações (OIM) afirmou ontem que 30 mil estão desabrigados. As inundações causaram danos significativos à infraestrutura de Derna, que ainda está praticamente inacessível.
A situação de grande desespero e Líbia corre para enterrar os seus mortos enquanto os corpos se amontoam nas ruas de Derna, a cidade costeira do norte devastada pelas inundações depois de uma chuva torrencial ter destruído duas barragens, arrastando casas e carros para o mar.
Foto: Divulgação |
Os necrotérios estão lotados, milhares de pessoas precisam de atendimento e os hospitais permanecem fora de serviço.
O desastre já matou cerca de 20 mil pessoas e passa de 11 mil o número de pessoas desaparecidas, potencialmente arrastadas para o mar ou enterradas sob os escombros espalhados pela cidade que já abrigou mais de 100 mil pessoas, dizem as autoridades.
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