Os sintomas mais comuns incluem coceira, vermelhidão na pele, urticária e, em casos mais graves, dificuldade para respirar, inchaço no rosto ou na garganta e anafilaxia, uma reação alérgica grave que pode ser fatal se não tratada rapidamente. Em situações de anafilaxia, procurar atendimento médico imediato é imprescindível. Além disso, é fundamental informar médicos e farmacêuticos sobre alergias conhecidas antes de iniciar qualquer tratamento. Essa medida simples pode prevenir complicações e salvar vidas. Recomenda-se também que as pessoas mantenham uma lista atualizada dos medicamentos que já causaram reações alérgicas, facilitando o diagnóstico e a segurança durante consultas ou emergências.
Para Wanessa Carla, coordenadora da Farmácia do hospital, o farmacêutico também desempenha um papel essencial na prevenção e orientação sobre alergias a medicamentos, atuando desde a identificação de possíveis riscos até a educação do paciente sobre práticas seguras. “Nosso trabalho envolve orientar sobre o uso correto dos medicamentos e ajudar a interpretar resultados de testes, como os cutâneos, que podem identificar alergias antes do contato direto com o remédio. Além disso, é fundamental registrar o histórico de alergias do paciente e recomendar medidas de segurança, como o uso de pulseiras de alerta. Medicamentos como antibióticos e anti-inflamatórios, por exemplo, estão entre os que apresentam maior risco de reações alérgicas graves, incluindo anafilaxia. Por isso, a orientação é crucial para garantir um tratamento seguro e eficaz”, explica a farmacêutica.
Os medicamentos mais frequentemente associados a alergias variam de pessoa para pessoa, dependendo de fatores como predisposição individual, condições de saúde e exposição prévia. Entre os mais comuns estão os antibióticos, como penicilinas e cefalosporinas, e os anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), como ibuprofeno e aspirina. Essas substâncias podem desencadear desde reações leves até casos graves de anafilaxia.
Por outro lado, é importante destacar que nem todas as reações adversas a medicamentos são alérgicas. Muitas vezes, trata-se de efeitos colaterais que não envolvem o sistema imunológico. O diagnóstico correto deve ser realizado por um profissional de saúde, que pode diferenciar entre uma alergia verdadeira e outros tipos de reações.
Para o médico Coordenador do Pronto-Socorro, Wanderson Sant’Ana de Almeida, reações alérgicas a medicamentos são situações que exigem atenção redobrada, pois podem variar de sintomas leves a quadros graves com risco de vida. “É essencial que o paciente conheça seu histórico de alergias e informe sempre ao médico. Essa informação nos ajuda a evitar medicamentos que possam desencadear reações perigosas. Além disso, é fundamental evitar a automedicação, pois o uso inadequado de medicamentos pode colocar a saúde em risco. Em casos de sintomas graves, como dificuldade para respirar ou inchaço no rosto, é indispensável buscar ajuda médica imediata, pois agir rápido pode salvar vidas”, ressalta o médico.
Braz Silva (texto e imagem)/IMED
Cuidar da saúde é prolongar a vida.